Biotecnologia vs Covid 19

Atualmente, as técnicas e testes utilizados para detectar a Covid-19 utilizam recursos biotecnológicos.
Hoje, com a biotecnologia, rapidamente temos as ferramentas para confirmar casos. Com os surtos anteriores de coronavírus, os laboratórios não tinham como fazer isso tão rápido. Muitos casos permaneciam como suspeitas. E, claro, neste tempo, também aumentou a população mundial e a circulação de pessoas", ressalta Kleber Luz, professor do Instituto de Medicina Tropical da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
RT - PCR
Um dos testes mais utilizados para diagnóstico é o RT - PCR (Reverse transcription polymerase chain reaction), técnica de biologia molecular que é considerada o "padrão ouro" para esse tipo de análise, sendo a mais precisa e efetiva na confirmação da doença.

Nesse teste, por meio de reagentes específicos, é possível amplificar um fragmento do material genético do vírus na amostra do paciente, caso ele esteja infectado. Ou seja, a RT-PCR consegue detectar a presença do vírus pelo seu material genético, e por essa identificação ser tão específica, o risco de falsos positivos é baixo. O teste é realizado com amostras de secreção do nariz e garganta, coletados com um swab (material semelhante a um cotonete) e demora, em média, 2 dias para ficar pronto.
Avanços biotecnológicos na prevenção e tratamento
Além de auxiliar no diagnóstico da COVID-19, a biotecnologia também pode auxiliar na elaboração de uma vacina para prevenção dessa doença. Como a população ainda não tem imunidade para esse vírus, a produção de uma vacina será essencial para o controle da doença no futuro.
Curiosidades
Ao contrário da gripe sazonal, em que há um número de pessoas que não são inevitáveis porque tem imunidade, ninguém tem imunidade contra este vírus, então ele vai infectar muito mais gente que a gripe sazonal, e por isso, mesmo se tiver a mesma letalidade que a gripe, o número absoluto de casos será muito maior, e isso representará um desafio ao sistema hospitalar, afirma o pesquisador Adolfo García-Sastre, do Hospital Monte Sinai de Nova York.

A GlaxoSmithKline, farmacêutica com sede em Londres (Reino Unido), está desenvolvendo um tratamento adjuvante, uma substância capaz de intensificar a produção de anticorpos, fortalecendo o sistema imune do paciente. A mesma tecnologia também está sendo estudada pela Clover Biopharmaceuticals Inc., empresa de biotecnologia chinesa, que já está em testes pré-clínicos para uma vacina contra COVID-19.
A Moderna Pharmaceuticals, empresa de biotecnologia sediada em Massachusetts (EUA), está desenvolvendo uma vacina gênica, a partir do RNA do vírus.A solução é injetada em uma nanopartícula e depois transferida para o paciente, onde estimula o organismo a produzir anticorpos contra uma proteína específica do vírus, bloqueando a entrada dele nas células. Apesar de ter sido elaborada em apenas 42 dias, a vacina gênica ainda precisa ser validada em testes clínicos para ser comercializada.