
Agricultura
Atualmente, cerca de 35% dos solos não cobertos pelo gelo, são aproveitados para a agricultura e pecuária, sendo a maioria dos novos terrenos agrícolas provenientes de desflorestação.
Até meados do século XX, praticava-se, na maioria dos casos, uma agricultura tradicional de tipo familiar em regime de policultura. A partir de meados do século XX, com o contínuo crescimento da população, surgiram as empregas agrícolas que ocupam grandes áreas, utilizam trabalho mecanizado e se dedicam à produção de uma única espécie vegetal, isto é, fazem uma agricultura industrializada com monocultura intensiva. O trigo, o arroz, o milho, as batatas e os tomates são algumas espécies cultivadas de modo intenso em regime de monocultura.

Quando se pratica a agricultura, criam-se ecossistemas artificiais, os ecossistemas agrários ou agrossistemas, os quais são muito mais pobres, do que os ecossistemas naturais no que diz respeito à biodiversidade.
Na prática agrícola tradicional, para além da aplicação no solo de matéria orgânica de origem animal ou vegetal, como adubos, outros técnicas foram desenvolvidas no sentido de manter a fertilidade dos solos agrícolas.
Pousio- O terreno é dividido em áreas, ficando uma delas, alternadamente, por cultivar durante algum tempo. Nessa parcela, desenvolvem-se plantas espontâneas ou semeadas, que mais tarde são enterradas antes de nova cultura, constituindo o chamado adubo verde.


Rotação de culturas- O terreno é dividido em diversas áreas de modo que em cada ano todas as parcelas sejam cultivadas com diferentes espécies previamente selecionadas.
Por exemplo: um cereal, uma planta de cultura de inverno e uma leguminosa que fixa o azoto e que é aproveitada posteriormente como adubo verde.

Associação de culturas-Diversas espécies com diferentes características são cultivadas simultaneamente. É o caso do cultivo de alfaces e de cenouras, com velocidades de crescimento diferente, ou do cultivo do milho e da aboboreira, com diferentes necessidades de luz.


O sistema de monoculturas em estufa é uma técnica muito utilizada atualmente, visto que mantém um ambiente favorável às plantas, em crescimento, embora altere, consideravelmente, o ambiente natural.

As culturas em estufa permitem adaptar as condições climáticas e nutricionais de acordo com as exigências das espécies cultivadas e obter colheitas precoces e com melhores rendimentos. No entanto, apresentam certos inconvenientes resultantes não só dos elevados custos com as instalações e controlos necessários, mas também dos microclimas criados que favorecem o aparecimento de organismos parasitas, necessitando de uma proteção fitossanitária elevada.
Atualmente, têm surgido novas alternativas no sentido de obter alimentos para uma população em crescimento. Uma delas é a agricultura biológica, baseada no equilíbrio dos ecossistemas agrários. Neste sistema de produção alimentar não é permitida a utilização de fertilizantes siténticos, de pesticidas e de hormonas de crescimento.

Os defensores da agricultura biológica procuram conciliar a exploração agrícola com a preservação do ambiente.



